"Pode ser
que passe o nosso tempo
como qualquer primavera"
(Palavra de Mulher, Chico Buarque)
É primavera. Lá pela manhã de um dia 10 de outubro de 1990, mais um garoto nascia para tentar vencer na vida. Se ventava, fazia frio, flores desabrochavam, isso eu não sei. E o que foram essas 18 primaveras para o universo, que presenciou tantos acontecimentos? Provavelmente somente um mísero milésimo de segundo de toda sua eternidade. Mas para mim, esses dezoito anos foram minha vida, e que vida.
Fazer uma retrospectiva agora seria piegas, logo, pulemos essa parte. Além do que, o que importa agora é o futuro. O que me espera?
E o que esperar de um recém-adulto? Bom, um adulto legalmente falando, pois ser responsável não é medido pela idade e sim pela ações. Sou já adulto? Completamente talvez não. Mas desde esse ano que tive que aprender a viver sozinho na selva de concreto que é São Paulo, a acordar cedo e sem meu pai para me chamar, ou ter de fazer as compras, calcular o que farei de janta, enfim, amenidades próprias de um adulto. Mas eu tinha 17 anos! Onde é que o mundo vai parar?
Dizem que você realmente envelhece quando vê em si mesmo os seus pais. Naturalmente, em mim já noto características de meu progenitores. Cada vez mais minha letra se parece com a da minha mãe. Cada vez mais eu me pareço com ela. De noite, antes de dormir, já preparo meu café da manhã, coloco copos, pratos e talheres que irei usar em cima do fogão. Examente como meu pai faz. Percebi isso esses dias, e para meu espanto! Estou cada dia mais metódico, como ele.
Envelhecer é sinônimo de ganhar experiência? Se não for, o que importa? O que vale mais é estar vivo, possuir sempre a velha, imortal e caquética esperança de ser melhor um dia. Um dia.
Daqui uns anos, quem sabe onde estarei? Ali ou acolá. Vai saber.
Foram se 18 anos. Quantos restam? Muitos, tomara.
E vai se indo, vivendo.
Feliz aniversário para mim!
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Tirando somento o fato de que essa época de aniversário seja meu inferno astral, o resto continua o mesmo: estressado, carente, desesperado... Enfim, a merda costumeira.
E é tão péssimo passar o aniversário longe de meus amigos e pais... Isso porque amanhã tenho um "ciclo" de simulados... Sábado, domingo, segunda e terça só fazendo provas [6 no total]... Ou seja, estou ferrado! E eu ainda querendo sair hoje a noite para fazer algo [com prova amanhã ás 8 horas...]
Foda-se também...
No mais, sem nada!
Abraços e beijos para vocês!
10 de outubro de 2008
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